Ebook: Famílias Seridoenses

Este livro de Dr. José Augusto Bezerra de Medeiros é um clássico da genealogia brasileira. Para o Rio Grande do Norte, é presença obrigatória em qualquer biblioteca básica. É uma história do Seridó, escrita por um de seus maiores filhos. Como prova de amor maior ao Seridó, no começo dos anos cinqüenta, José Augusto declarou à revista Bando, em Natal, que depois de Paris, Caicó era a mais bela cidade do mundo. Publicado em 1940, no Rio de Janeiro, como primeiro título da coleção Biblioteca História Norte-Rio-Grandense, Famílias Seridoenses foi sucesso absoluto e logo se tornou raridade. Sessenta e dois anos depois, Famílias Seridoenses volta às livrarias com o mesmo brilho de antigamente.


Nasceu em Caicó, RN, em 22 de setembro de 1884, e faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1971. Filho do professor Manuel Augusto Bezerra de Araújo e Cândida Olindina de Medeiros. Fez os estudos primários em Caicó, Natal e Acari, o curso secundário em Natal, no Ateneu Norte-Riograndense, de 1897 a 1900. Formou-se em 1905 pela Faculdade de Direito do Recife, tendo sido o orador da turma. Foi procurador da República (Seção do RN), juiz de Direito da Câmara de Caicó (1911), chefe de Polícia no RN (1912), deputado à Assembleia Legislativa do Estado (1915), deste mesmo ano até 1923 foi deputado federal em três legislaturas seguidas, tendo pertencido a comissões e ocupado a primeira Secretaria e a segunda Vice-Presidência da Câmara. De 1/1/24 a 31/12/27, foi governador do Estado e, de 1928 a 1930, senador. Novamente deputado federal (1935/37), sendo sublíder da oposição. Em 1946, foi deputado à Assembleia Nacional Constituinte e deputado federal (1946/50). De 1951 a 1954, foi novamente deputado federal e primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados. Sempre preocupado com os problemas ligados à educação, foi professor de História Geral e do Brasil, inspetor Federal junto ao Colégio Abílio, RJ (1907), professor de Geografia (1908) e, dois anos depois, diretor do Ateneu Norte-riograndense, presidente do VIII Congresso Brasileiro de Educação e presidente da ABE. Foi delegado do Brasil à Assembleia Geral da ONU (Paris, 1951/52) e à Conferência Econômica da OEA (B. Aires, 1957). Integrou e foi presidente do Conselho Nacional de Economia, presidente da Cia. América Fabril, presidente da Associação Comercial do RJ, da Federação das Assoc. Comerc. do Brasil e da Federação das Câmaras de Comércio Exterior no Brasil. Fez parte da Comissão Executiva do Instituto do Sal. Pertenceu ao IHG/RN (sócio benemérito), à Societé de Science Sociale, ao Inst. do Ceará, ao Inst. Geneal. do Brasil, ao Centro Norte-riograndense do RJ, à ABI, ao Museu Social Argentino, à Soc. dos Amigos de Alberto Torres, à Soc. Bras. de Escritores, à Académie Internationale de Science Politique et d’Histoire Constitutionelle (França), à Societé de Législation Comparée (França), à Soc. dos Amigos de Afonso Celso, à Academia Carioca de Letras. Recebeu os títulos de Cidadão Carioca e Doutor honoris causa da UFRN, além de numerosas medalhas e condecorações. Foi eleito sócio efetivo do IHGB em 15 de dezembro de 1956; passou a benemérito em 23 de junho de 1959. Publicou os livros: Pela Educação Nacional, 1918 – Eduquemo-nos, 1922 – Aos Homens de Bem, 1928 – A Representação Profissional nas Democracias – O Anteprojeto da Constituição em Face da Democracia, 1934 – Por que sou parlamentarista, 1936 – Famílias Seridoenses, 1940 – O Sal e o Algodão na Economia Potiguar, 1946 – Seridó, 1954 – A Federação Mundial, 1954 – Amaro Cavalcanti, 1956 – O Conselho Nacional de Economia, 1956 – A Região do Seridó, 1961 – Presidencialismo versus Parlamentarismo, 1962 – O Rio Grande do Norte no Senado da República (ed. do IHG/RN).