Ebook: Mídias Ópticas - Curso em Berlim, 1999
Author: Friedrich Kittler
- Genre: Other Social Sciences // Journalism; Media
- Tags: História das Mídias, Medientheorie, Teoria Crítica, Comunicação Estratégica, Semiótica dos Meios Audiovisuais
- Year: 2016
- Publisher: Editora Contraponto
- City: Rio de Janeiro
- Language: Portuguese
- pdf
Este livro apresenta uma estimulante história das imagens que abrange desde as técnicas da perspectiva linear renascentista até a computação gráfica. Não se trata, porém, de uma abordagem tradicional que expõe uma evolução dos diversos aparatos de visualização ao longo dos séculos. O panorama de Kittler é mais sofisticado: ele parte dessa base para focalizar os princípios de arquivamento, transmissãoe computação, que têm conduzido as transformações. midiáticas da imagem até o início do século XXI.
O que interessa ao autor são às mediações da luz realizadas a partir dos processos de sua captura, projeção e circulação por intermédio de câmaras escuras, lanternas mágicas, fotografias, cinemas, televisores e computadores. Trata-se de uma tentativa de sistematizar essas “mídias ópticas” de acordo com seus intercâmbios, os fundamentos tecnocientíficos que as gestaramgas redes discursivas que geraram, iluminandoseus respectivos contextos históricos.
A partir de uma análise das técnicas de construçãodos “reinos pictóricos artificiais”, Kittler examina deque modo a imagem foi captada pela câmara obscurae, em seguida, propagada pela lanterna mágica,entre os séculos XV e XVIII. Além de serem artefatos de perspectivação e projeção da imagem, esses dispositivos tiveram uma comunhão estratégica com o surgimento das técnicas de impressão de livros e com a propaganda visual da Igreja Católica durante a Contrarreforma.
Após a apresentação desses bastidores históricos,que aqui também aparecem assombrados por fantasmas e pelas imaginações do romantismo alemão, observa-se como as imagens foram capturadas e começaram a se 'mover no século XIX, graças à fotografia e ao filme. Além de enfocar o impacto causado por essas fantásticas “técnicas de duplicação e automação, Kittler também se detém na análise de certas ambiências que "sonharam" — com o advento do cinema, entre as quais se destacamas concepções operisticas de Richard Wagner.
Quando os processos fotoquímicos e mecânicosreceberam o choque da eletricidade, no início do século XX,O filme irradiou-se por novos canais e a televisão foisurgindo como “um efeito colateral civil de uma eletrônica — essencialmente bélica”. Além de captar e arquivar imagens,“essa nova mídia também era capaz de transmiti-las simultaneamente, em franca sintonia com a lógica dos radares utilizados na Segunda Guerra Mundial.
Por fim, o computador realiza a transfusão e a integração das diversas mídias, constituindo uma “máquina universal” com base no processamento digital de dados e nas transmissões por fibra óptica, um novo medium que sinalizou novos circuitos e conexões para a imagem e suas frequências. Í
O que interessa ao autor são às mediações da luz realizadas a partir dos processos de sua captura, projeção e circulação por intermédio de câmaras escuras, lanternas mágicas, fotografias, cinemas, televisores e computadores. Trata-se de uma tentativa de sistematizar essas “mídias ópticas” de acordo com seus intercâmbios, os fundamentos tecnocientíficos que as gestaramgas redes discursivas que geraram, iluminandoseus respectivos contextos históricos.
A partir de uma análise das técnicas de construçãodos “reinos pictóricos artificiais”, Kittler examina deque modo a imagem foi captada pela câmara obscurae, em seguida, propagada pela lanterna mágica,entre os séculos XV e XVIII. Além de serem artefatos de perspectivação e projeção da imagem, esses dispositivos tiveram uma comunhão estratégica com o surgimento das técnicas de impressão de livros e com a propaganda visual da Igreja Católica durante a Contrarreforma.
Após a apresentação desses bastidores históricos,que aqui também aparecem assombrados por fantasmas e pelas imaginações do romantismo alemão, observa-se como as imagens foram capturadas e começaram a se 'mover no século XIX, graças à fotografia e ao filme. Além de enfocar o impacto causado por essas fantásticas “técnicas de duplicação e automação, Kittler também se detém na análise de certas ambiências que "sonharam" — com o advento do cinema, entre as quais se destacamas concepções operisticas de Richard Wagner.
Quando os processos fotoquímicos e mecânicosreceberam o choque da eletricidade, no início do século XX,O filme irradiou-se por novos canais e a televisão foisurgindo como “um efeito colateral civil de uma eletrônica — essencialmente bélica”. Além de captar e arquivar imagens,“essa nova mídia também era capaz de transmiti-las simultaneamente, em franca sintonia com a lógica dos radares utilizados na Segunda Guerra Mundial.
Por fim, o computador realiza a transfusão e a integração das diversas mídias, constituindo uma “máquina universal” com base no processamento digital de dados e nas transmissões por fibra óptica, um novo medium que sinalizou novos circuitos e conexões para a imagem e suas frequências. Í
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