O pensamento radical no Brasil ganha impulso e se firma no país, dentro do processo de modernização conservadora, como tentativa de solucionar os dilemas nacionais postos pela revolução brasileira desde o começo da década de 1920.
Ainda que seja possível identificar autores críticos e visionários com profundas inquietações sociais no período imediatamente anterior àquele decênio, foram “momentos” definidores como o modernismo, o tenentismo e a Revolução de 1930 que, de fato, simbolizaram a rotação intelectual acentuada da geração de revolucionários brasileiros surgida logo após o primeiro pós-guerra.
Antes de 1922, os críticos sociais eram, em grande medida, vozes isoladas e dissonantes no painel político e intelectual brasileiro (o médico sergipano Manoel Bonfim, por exemplo, é um dos que se posicionavam em defesa das classes desprotegidas). A partir da fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), da Semana de Arte Moderna e dos levantes dos tenentes (1922), uma nova leva de artistas e intelectuais engajados e comprometidos com projetos estéticos, políticos e sociais transformadores se dinamizou, ganhou força e se consolidou como um grupo amplo, com maior capilaridade, penetração cultural e autoridade para vocalizar as expectativas de fatias menos privilegiadas da sociedade.
Nesse sentido, a Revolução de Outubro, em 1917, e a constituição do Comintern, em 1919, também exerceram, sem dúvida, um papel fundamental (não só no Brasil, como em toda a América Latina) entre aqueles que aderiram ao marxismo como uma importante ferramenta teórica de interpretação e transformação do país.
Ainda que seja possível identificar autores críticos e visionários com profundas inquietações sociais no período imediatamente anterior àquele decênio, foram “momentos” definidores como o modernismo, o tenentismo e a Revolução de 1930 que, de fato, simbolizaram a rotação intelectual acentuada da geração de revolucionários brasileiros surgida logo após o primeiro pós-guerra.
Antes de 1922, os críticos sociais eram, em grande medida, vozes isoladas e dissonantes no painel político e intelectual brasileiro (o médico sergipano Manoel Bonfim, por exemplo, é um dos que se posicionavam em defesa das classes desprotegidas). A partir da fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), da Semana de Arte Moderna e dos levantes dos tenentes (1922), uma nova leva de artistas e intelectuais engajados e comprometidos com projetos estéticos, políticos e sociais transformadores se dinamizou, ganhou força e se consolidou como um grupo amplo, com maior capilaridade, penetração cultural e autoridade para vocalizar as expectativas de fatias menos privilegiadas da sociedade.
Nesse sentido, a Revolução de Outubro, em 1917, e a constituição do Comintern, em 1919, também exerceram, sem dúvida, um papel fundamental (não só no Brasil, como em toda a América Latina) entre aqueles que aderiram ao marxismo como uma importante ferramenta teórica de interpretação e transformação do país.
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