Historiadora, professora, poeta e ativista, Beatriz Nascimento deixou um legado intelectual múltiplo e profundo. Esta coletânea oferece um panorama amplo de seu pensamento, reunindo alguns de seus principais artigos, ensaios e resenhas, escritos entre os anos de 1974-94.
Pensadora insurgente à frente de seu tempo, Beatriz Nascimento dedicou-se a resgatar a história do negro no Brasil ― algo ainda a ser construído, ela defendia. Uma história negra, feita por pessoas negras, com o intuito de romper com quatro séculos de invisibilização numa sociedade da qual elas participaram em todos os níveis.
Com organização primorosa do antropólogo Alex Ratts, os 24 textos aqui selecionados reafirmam os aspectos centrais de sua obra ― as relações raciais e de gênero; as formulações sobre a contribuição do negro na construção da sociedade brasileira; a recusa do discurso que reduz a problemática racial a uma questão econômica e social, sem uma compreensão existencial do indivíduo; e, sobretudo, as pesquisas sobre os quilombos no Brasil, suas relações com a África e como se reconfiguraram para ser não apenas espaço de resistência, mas um sistema social alternativo.
Completam ainda este conjunto escritos da autora marcados pelas transformações políticas e sociais a partir da década de 1980 ― como o fim dos governos militares e a vigência da nova Constituição ― e por inflexões pessoais e memórias ― como em “Carta de Catarina”, texto de maturidade e síntese no qual ela discorre sobre o movimento negro, a diáspora e suas poéticas, além do processo de feitura do filme Orí, obra fundamental para conhecer, ver e ouvir a potência dessa mulher transatlântica.
“Com Beatriz Nascimento, temos um modo de ver e conhecer outra face do Brasil.” ― Sueli Carneiro
“A essa mulher devemos o renascimento do movimento negro no Rio de Janeiro nos anos 1970. Por favor, não se esqueçam disso!” ― Lélia Gonzalez
Pensadora insurgente à frente de seu tempo, Beatriz Nascimento dedicou-se a resgatar a história do negro no Brasil ― algo ainda a ser construído, ela defendia. Uma história negra, feita por pessoas negras, com o intuito de romper com quatro séculos de invisibilização numa sociedade da qual elas participaram em todos os níveis.
Com organização primorosa do antropólogo Alex Ratts, os 24 textos aqui selecionados reafirmam os aspectos centrais de sua obra ― as relações raciais e de gênero; as formulações sobre a contribuição do negro na construção da sociedade brasileira; a recusa do discurso que reduz a problemática racial a uma questão econômica e social, sem uma compreensão existencial do indivíduo; e, sobretudo, as pesquisas sobre os quilombos no Brasil, suas relações com a África e como se reconfiguraram para ser não apenas espaço de resistência, mas um sistema social alternativo.
Completam ainda este conjunto escritos da autora marcados pelas transformações políticas e sociais a partir da década de 1980 ― como o fim dos governos militares e a vigência da nova Constituição ― e por inflexões pessoais e memórias ― como em “Carta de Catarina”, texto de maturidade e síntese no qual ela discorre sobre o movimento negro, a diáspora e suas poéticas, além do processo de feitura do filme Orí, obra fundamental para conhecer, ver e ouvir a potência dessa mulher transatlântica.
“Com Beatriz Nascimento, temos um modo de ver e conhecer outra face do Brasil.” ― Sueli Carneiro
“A essa mulher devemos o renascimento do movimento negro no Rio de Janeiro nos anos 1970. Por favor, não se esqueçam disso!” ― Lélia Gonzalez
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