Ebook: Frantz Fanon e a Revolução Argelina
Author: Walter Lippold
- Year: 2021
- Publisher: Editora Ciências Revolucionárias
- City: São Paulo
- Edition: 1
- Language: Portuguese
- pdf
Frantz Fanon e a Revolução Argelina
Este livro, fruto de minuciosa pesquisa documental, analisa a circulação de ideias fanonianas em uma rede intelectual, através dos artigos do jornal El Moudjahid atribuídos a Frantz Fanon, buscando as conexões dessa escrita jornalística, mais cotidiana, com suas obras teóricas, publicadas durante a Guerra da Argélia: Sociologia de uma Revolução (L’An V de la Révolution Algérienne) e Os Condenados da Terra. O texto imediato, jornalístico, produzido com autoria anônima por um sujeito coletivo foi a base de Fanon para desenvolver suas obras finais. Na presente obra, vemos o método de investigação se plasmar em uma exposição narrativa estruturada, através de um transposição didática que permite ao leitor chegar o mais próximo possível da produção fanoniana durante a revolução. Trazendo temas e debates inéditos no Brasil, adentramos nas contradições entre na narrativa histórica oriunda da historiografia argelina em contraposição com a francesa. Ao avançar nas páginas, ficamos sabendo também das conexões íntimas entre o colonialismo francês na Argélia e as ditaduras militares na América do Sul. A Guerra da Argélia ocorreu entre 1954 e 1962 e desde o ano de 1956, o jornal El Moudjahid foi o órgão oficial da Frente de Libertação Nacional (FLN), tendo um caráter de criação coletiva em sua redação, que era uma estrutura de sociabilidade de uma rede, que conectou diversos intelectuais argelinos e estrangeiros solidários com a causa argelina. Com a sua presença na Argélia, primeiro como psiquiatra do Estado francês, depois na Tunísia como médico, militante e intelectual da FLN, Fanon produziu, reelaborou e circulou ideias, sendo colaborador do jornal El Moudjahid e embaixador do Governo Provisório da República Argelina (GPRA) na África. O mergulho intelectual do pensador martinicano na Revolução Argelina, sua escrita cotidiana e participação em um sujeito coletivo influenciou os rumos da Revolução Africana, posteriormente alcançando movimentos na América, como os Panteras Negras e revolucionários que resistiam às ditaduras do cone sul. O El Moudjahid tornou-se o nó principal de uma rede intelectual, onde circularam ideias anticoloniais fundamentadas na solidariedade afroasiática, através de sujeito coletivo que recebia, reelaborava e emitia conteúdos revolucionários, perpassados pelas contradições entre nacionalismo, islamismo, socialismo e africanidade, entre cultura árabe e magrebina. Desde Pele Negra Máscaras Brancas, Fanon mantém o núcleo de sua teoria e método, desenvolvendo-os através de seu contato com a revolução na Argélia. Fanon é o intelectual mais importante da Revolução Africana, pois traduz a guinada teórica dos pensadores colonizados.
Este livro, fruto de minuciosa pesquisa documental, analisa a circulação de ideias fanonianas em uma rede intelectual, através dos artigos do jornal El Moudjahid atribuídos a Frantz Fanon, buscando as conexões dessa escrita jornalística, mais cotidiana, com suas obras teóricas, publicadas durante a Guerra da Argélia: Sociologia de uma Revolução (L’An V de la Révolution Algérienne) e Os Condenados da Terra. O texto imediato, jornalístico, produzido com autoria anônima por um sujeito coletivo foi a base de Fanon para desenvolver suas obras finais. Na presente obra, vemos o método de investigação se plasmar em uma exposição narrativa estruturada, através de um transposição didática que permite ao leitor chegar o mais próximo possível da produção fanoniana durante a revolução. Trazendo temas e debates inéditos no Brasil, adentramos nas contradições entre na narrativa histórica oriunda da historiografia argelina em contraposição com a francesa. Ao avançar nas páginas, ficamos sabendo também das conexões íntimas entre o colonialismo francês na Argélia e as ditaduras militares na América do Sul. A Guerra da Argélia ocorreu entre 1954 e 1962 e desde o ano de 1956, o jornal El Moudjahid foi o órgão oficial da Frente de Libertação Nacional (FLN), tendo um caráter de criação coletiva em sua redação, que era uma estrutura de sociabilidade de uma rede, que conectou diversos intelectuais argelinos e estrangeiros solidários com a causa argelina. Com a sua presença na Argélia, primeiro como psiquiatra do Estado francês, depois na Tunísia como médico, militante e intelectual da FLN, Fanon produziu, reelaborou e circulou ideias, sendo colaborador do jornal El Moudjahid e embaixador do Governo Provisório da República Argelina (GPRA) na África. O mergulho intelectual do pensador martinicano na Revolução Argelina, sua escrita cotidiana e participação em um sujeito coletivo influenciou os rumos da Revolução Africana, posteriormente alcançando movimentos na América, como os Panteras Negras e revolucionários que resistiam às ditaduras do cone sul. O El Moudjahid tornou-se o nó principal de uma rede intelectual, onde circularam ideias anticoloniais fundamentadas na solidariedade afroasiática, através de sujeito coletivo que recebia, reelaborava e emitia conteúdos revolucionários, perpassados pelas contradições entre nacionalismo, islamismo, socialismo e africanidade, entre cultura árabe e magrebina. Desde Pele Negra Máscaras Brancas, Fanon mantém o núcleo de sua teoria e método, desenvolvendo-os através de seu contato com a revolução na Argélia. Fanon é o intelectual mais importante da Revolução Africana, pois traduz a guinada teórica dos pensadores colonizados.
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