Ebook: O escravismo no Brasil
Author: Mário Maestri
- Genre: Other Social Sciences // Ethnography
- Series: Discutindo a História do Brasil
- Year: 1994
- Publisher: Atual Editora
- City: São Paulo
- Language: Portuguese
- pdf
Brasil foi um dos primeiros países americanos a conhecer a escravidão e o último a aboli-la. Até 1888, o escravismo foi o coração do Brasil. Pouco compreenderemos da história brasileira se desconhecermos o nosso passado escravista.
No capítulo 1 — Escravidão antiga e escravidão colonial —, apresentamos as diferenças entre o escravismo clássico e o colonial. Os cativos americanos viveram condições de existência ainda piores do que as conhecidas na Antiguidade. Destacamos também a participação dos portugueses no nascimento do tráfico negreiro internacional.
Nos primeiros tempos da Colônia, o índio, e não o africano, trabalhou até a morte nas vilas e engenhos. Os colonos só começaram a importar maciçamente africanos no fim do século XVI, quando as comunidades nativas escasseavam, consumidas pela escravidão. No capítulo 2 — Escravidão de índios —, analisamos essa realidade e as razões da substituição do escravo americano pelo africano.
A imensa maioria dos cativos negros escravizados no Brasil aqui chegou, ainda jovem, da África. Durante séculos, o tráfico negreiro alimentou a população escravizada. No capítulo 3 — Comércio negreiro: da África ao Brasil —, falamos da triste trajetória do africano, desde o momento em que perdia a liberdade, no continente negro, até sua venda, no Brasil.
As cidades escravistas eram rústicas e pouco desenvolvidas. Elas desempenhavam funções administrativas e comerciais e apoiavam o esforço exportador rural. Nessa época, vivia-se melhor nos campos do que nas cidades. Apenas o esforço do cativo tornava habitáveis as cidades e as residências urbanas. No capítulo 4 — A escravidão nas cidades —, tratamos da escravidão urbana e da sua influência no modo de viver e morar de então. Uma realidade que ainda podemos apreciar nas poucas moradias urbanas da Colônia e do Império que resistem à especulação imobiliária e à despreocupação de nossas autoridades.
Veremos no capítulo 5 — Escravidão nos campos — que o Brasil escravista foi essencialmente rural. Vivia-se e trabalhava-se, sobretudo, nos engenhos, nas minas, nas fazendas cafeicultoras, nas plantações de fumo, nas estâncias e charqueadas. Dedicamos esse capítulo à análise das principais atividades rurais escravistas. Nele, tratamos também das condições de vida dos trabalhadores escravizados — alimentação, vestuário, moradia, saúde, família.
No capítulo 6 — Castigo e resistência servil —, abordamos a violência senhorial e a resistência servil. Os senhores preocupavam-se com os lucros e despreocupavam-se com os cativos. Eles trabalhavam muito. Eram mal-alimentados. Malvestidos. Mal-alojados. Se reclamavam ou se rebelavam, eram castigados. Durante três séculos e meio, fomos uma nação de torturados e torturadores.
Durante as caminhadas nos sertões africanos, nos barracões das feitorias, a bordo dos navios tumbeiros ou nas cidades e plantações, o cativo lutou, como pôde, contra a escravidão. Trabalhava mal, fugia, aquilombava-se, roubava, assassinava senhores e feitores, organizava revoltas e insurreições. Foi a união da resistência escrava e do movimento abolicionista que alcançou, em 1888, a vitória final contra a escravidão.
Por problemas de espaço, muitos outros aspectos importantes do escravismo brasileiro não foram mencionados — a alforria, os cultos africanos, a vida dos libertos, etc.
No capítulo 1 — Escravidão antiga e escravidão colonial —, apresentamos as diferenças entre o escravismo clássico e o colonial. Os cativos americanos viveram condições de existência ainda piores do que as conhecidas na Antiguidade. Destacamos também a participação dos portugueses no nascimento do tráfico negreiro internacional.
Nos primeiros tempos da Colônia, o índio, e não o africano, trabalhou até a morte nas vilas e engenhos. Os colonos só começaram a importar maciçamente africanos no fim do século XVI, quando as comunidades nativas escasseavam, consumidas pela escravidão. No capítulo 2 — Escravidão de índios —, analisamos essa realidade e as razões da substituição do escravo americano pelo africano.
A imensa maioria dos cativos negros escravizados no Brasil aqui chegou, ainda jovem, da África. Durante séculos, o tráfico negreiro alimentou a população escravizada. No capítulo 3 — Comércio negreiro: da África ao Brasil —, falamos da triste trajetória do africano, desde o momento em que perdia a liberdade, no continente negro, até sua venda, no Brasil.
As cidades escravistas eram rústicas e pouco desenvolvidas. Elas desempenhavam funções administrativas e comerciais e apoiavam o esforço exportador rural. Nessa época, vivia-se melhor nos campos do que nas cidades. Apenas o esforço do cativo tornava habitáveis as cidades e as residências urbanas. No capítulo 4 — A escravidão nas cidades —, tratamos da escravidão urbana e da sua influência no modo de viver e morar de então. Uma realidade que ainda podemos apreciar nas poucas moradias urbanas da Colônia e do Império que resistem à especulação imobiliária e à despreocupação de nossas autoridades.
Veremos no capítulo 5 — Escravidão nos campos — que o Brasil escravista foi essencialmente rural. Vivia-se e trabalhava-se, sobretudo, nos engenhos, nas minas, nas fazendas cafeicultoras, nas plantações de fumo, nas estâncias e charqueadas. Dedicamos esse capítulo à análise das principais atividades rurais escravistas. Nele, tratamos também das condições de vida dos trabalhadores escravizados — alimentação, vestuário, moradia, saúde, família.
No capítulo 6 — Castigo e resistência servil —, abordamos a violência senhorial e a resistência servil. Os senhores preocupavam-se com os lucros e despreocupavam-se com os cativos. Eles trabalhavam muito. Eram mal-alimentados. Malvestidos. Mal-alojados. Se reclamavam ou se rebelavam, eram castigados. Durante três séculos e meio, fomos uma nação de torturados e torturadores.
Durante as caminhadas nos sertões africanos, nos barracões das feitorias, a bordo dos navios tumbeiros ou nas cidades e plantações, o cativo lutou, como pôde, contra a escravidão. Trabalhava mal, fugia, aquilombava-se, roubava, assassinava senhores e feitores, organizava revoltas e insurreições. Foi a união da resistência escrava e do movimento abolicionista que alcançou, em 1888, a vitória final contra a escravidão.
Por problemas de espaço, muitos outros aspectos importantes do escravismo brasileiro não foram mencionados — a alforria, os cultos africanos, a vida dos libertos, etc.
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