Ebook: O que é o cinema?
Author: André Bazin
- Tags: 1. Cinema 2. Ensaios 3. Crítica e interpretação
- Year: 2018
- Publisher: Ubu Editora
- City: São Paulo/SP
- Edition: 1ª
- Language: Portuguese
- epub
Clássico dos clássicos entre os escritos sobre cinema, este livro é uma aula sobre a sétima arte e suas relações com fotografia, teatro e literatura, e, sobretudo, uma escola definitiva sobre o fazer crítico. A variedade de temas caros à história do cinema neste volume indica a versatilidade e a generosidade de André Bazin. Com um estilo claro e acessível, ele transita das escolas italiana e soviética ao universo do western e das pin-ups, o que fez com que, merecidamente, tenha se transformado num dos maiores críticos modernos. Considerado um dos maiores críticos do pós-guerra, Bazin produziu a maior parte dos textos reunidos aqui no contexto dos cineclubes parisienses, entre 1945 e 1958. Fundador da revista francesa Cahiers du Cinéma, o crítico esteve na linha de frente da produção cinematográfica do período, convivendo com cineastas como os jovens Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e François Truffaut, seu filho adotivo. Mais tarde, os cineastas dessa geração tomariam Bazin como mentor da nouvelle vague. A presente edição reúne 36 textos de André Bazin, bem como uma apresentação e um apêndice assinado pelo crítico e professor de cinema Ismail Xavier, que dá conta da influência bazaniana na teoria e crítica de cinema em nosso país, em especial, personificada na figura de Paulo Emílio Sales Gomes.
Sobre o Autor
André Bazin (1918-58) foi um dos maiores críticos de cinema do pós-guerra e um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma. Mentor da nouvelle vague, era amigo dos jovens cineastas que produziam no período, entre eles, François Truffaut, seu filho adotivo. Em português, estão disponíveis seus livros Orson Welles (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005) e Jean Renoir (Lisboa: Forja Editora, 1975). Bazin se dedicou essencialmente à crítica e não construiu um sistema estético, mas ao longo de sua trajetória, desenvolveu alguns temas que deram coerência ao seu pensamento. E, entre esses temas, a questão do realismo é central. Ele defendia filmes que versavam sobre o que ele chamava de “realidade objetiva”, os documentários e as produções do neorrealismo italiano, por exemplo. Dessa preferência declarada, vem sua defesa à não montagem, expressa no texto “Montagem proibida” em que ele considera que a montagem e as manipulações técnicas alteravam a percepção do espectador, restringindo sua interpretação. O uso da profundidade de campo, de planos gerais e de planos-sequência, segundo ele, cabiam mais a uma ideia de cinema moderno que inaugurava uma nova relação com o espectador. O cinema então encontrava sua especificidade e, nesse sentido, apesar de contaminado pela literatura (ver artigo “Cinema impuro”), ultrapassava-a na fruição que o espectador poderia ter da passagem do tempo, da duração dos eventos, algo próximo do que ele poderia ter na vida real. Além disso, a imagem recuperava a ambiguidade presente nos gestos, como na expressão de um rosto. “De uma bondade legendária, Bazin era a lógica em ação, um homem de razão pura, um dialético maravilhoso. Seus artigos fizeram dele mais do que um crítico: foi um verdadeiro escritor de cinema.” François Truffaut “Bazin revelou-me certos aspectos de minha obra que eu próprio ignorava. Como não lhe ser reconhecido por isso?” Luis Buñuel “Bazin criou uma arte nacional. Em vista de seus escritos, alterei meus próprios projetos como cineasta.” Jean Renoir “A obra de Bazin é o canto do cisne dos evangelhos do cinema, sem dúvida o mais brilhante.” Ismail Xavier
Sobre o Autor
André Bazin (1918-58) foi um dos maiores críticos de cinema do pós-guerra e um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma. Mentor da nouvelle vague, era amigo dos jovens cineastas que produziam no período, entre eles, François Truffaut, seu filho adotivo. Em português, estão disponíveis seus livros Orson Welles (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005) e Jean Renoir (Lisboa: Forja Editora, 1975). Bazin se dedicou essencialmente à crítica e não construiu um sistema estético, mas ao longo de sua trajetória, desenvolveu alguns temas que deram coerência ao seu pensamento. E, entre esses temas, a questão do realismo é central. Ele defendia filmes que versavam sobre o que ele chamava de “realidade objetiva”, os documentários e as produções do neorrealismo italiano, por exemplo. Dessa preferência declarada, vem sua defesa à não montagem, expressa no texto “Montagem proibida” em que ele considera que a montagem e as manipulações técnicas alteravam a percepção do espectador, restringindo sua interpretação. O uso da profundidade de campo, de planos gerais e de planos-sequência, segundo ele, cabiam mais a uma ideia de cinema moderno que inaugurava uma nova relação com o espectador. O cinema então encontrava sua especificidade e, nesse sentido, apesar de contaminado pela literatura (ver artigo “Cinema impuro”), ultrapassava-a na fruição que o espectador poderia ter da passagem do tempo, da duração dos eventos, algo próximo do que ele poderia ter na vida real. Além disso, a imagem recuperava a ambiguidade presente nos gestos, como na expressão de um rosto. “De uma bondade legendária, Bazin era a lógica em ação, um homem de razão pura, um dialético maravilhoso. Seus artigos fizeram dele mais do que um crítico: foi um verdadeiro escritor de cinema.” François Truffaut “Bazin revelou-me certos aspectos de minha obra que eu próprio ignorava. Como não lhe ser reconhecido por isso?” Luis Buñuel “Bazin criou uma arte nacional. Em vista de seus escritos, alterei meus próprios projetos como cineasta.” Jean Renoir “A obra de Bazin é o canto do cisne dos evangelhos do cinema, sem dúvida o mais brilhante.” Ismail Xavier
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