Ebook: O olho da rua: / Uma repórter em busca da literatura da vida real
Author: Eliane Brum
- Year: 2017
- Publisher: Arquipélago Editorial
- Language: Portuguese
- azw3
Este livro faz uma travessia pelo país conduzida pelo olhar de repórter de Eliane Brum. Ela, que se apresenta como “escutadeira”, nos carrega por vários Brasis em dez grandes reportagens feitas na primeira década do século 21. Cada uma delas é contada também pelos grandes fotógrafos que a acompanharam. Em cada uma, Eliane revela a história dentro da história, ao narrar os bastidores a partir dos dilemas, das descobertas e também das dores a que se lança um repórter disposto a se interrogar sobre sua própria jornada.
Criando pontes entre Brasis desiguais, a autora encontra crianças com olhos de velho e velhos que se recusam a desistir. Escuta mães cujos filhos não passam dos 20 anos de idade nas periferias do país. Conta um dia comum em Roraima para alcançar a complexidade do extremo-norte do Brasil, numa reportagem recebida com porções iguais de amor e de ódio. Numa esquina da Brasilândia descobre as delicadezas que tornam a vida possível mesmo nas horas brutas. Garimpa o esquivo Zé Capeta no Eldorado do Juma, a maior corrida do ouro desde Serra Pelada. Revela o “povo do meio”, então desconhecido do país oficial e ameaçado de morte, num trabalho que mostra todo o impacto transformador que uma reportagem pode ter quando se dispõe a alcançar o Brasil profundo. Num retiro vipássana, fica dez dias sem falar e 120 horas sem se mexer. Na casa de velhos supostamente cansados da vida, expulsos de um mundo que se cansou deles, constrói sua melhor síntese e confessa que errou ao expô-los. Em “Os limites da palavra”, o posfácio escrito para esta reedição revisada, fala de dois desacontecimentos recentes que a levaram a uma profunda investigação sobre o ofício de repórter.
Este livro corajoso amarra as duas pontas da vida. Começa com uma reportagem sobre as parteiras da floresta amazônica. Termina com o testemunho dos últimos 115 dias de uma merendeira de escola em São Paulo, que dá significado à sua vida enquanto lida com um câncer incurável.
Segundo Eliane, o repórter é aquele capaz de atravessar a rua de si mesmo. Desabita-se de si para habitar o mundo que é o outro e depois precisa empreender o espinhoso caminho de volta. A escuta que se faz com todos os sentidos é para ela o principal instrumento da reportagem. Esta entrega transformadora também vale para o leitor de O olho da rua, que mergulha no absurdo infinito do real e, voltando à superfície, não é o mesmo de antes.
Criando pontes entre Brasis desiguais, a autora encontra crianças com olhos de velho e velhos que se recusam a desistir. Escuta mães cujos filhos não passam dos 20 anos de idade nas periferias do país. Conta um dia comum em Roraima para alcançar a complexidade do extremo-norte do Brasil, numa reportagem recebida com porções iguais de amor e de ódio. Numa esquina da Brasilândia descobre as delicadezas que tornam a vida possível mesmo nas horas brutas. Garimpa o esquivo Zé Capeta no Eldorado do Juma, a maior corrida do ouro desde Serra Pelada. Revela o “povo do meio”, então desconhecido do país oficial e ameaçado de morte, num trabalho que mostra todo o impacto transformador que uma reportagem pode ter quando se dispõe a alcançar o Brasil profundo. Num retiro vipássana, fica dez dias sem falar e 120 horas sem se mexer. Na casa de velhos supostamente cansados da vida, expulsos de um mundo que se cansou deles, constrói sua melhor síntese e confessa que errou ao expô-los. Em “Os limites da palavra”, o posfácio escrito para esta reedição revisada, fala de dois desacontecimentos recentes que a levaram a uma profunda investigação sobre o ofício de repórter.
Este livro corajoso amarra as duas pontas da vida. Começa com uma reportagem sobre as parteiras da floresta amazônica. Termina com o testemunho dos últimos 115 dias de uma merendeira de escola em São Paulo, que dá significado à sua vida enquanto lida com um câncer incurável.
Segundo Eliane, o repórter é aquele capaz de atravessar a rua de si mesmo. Desabita-se de si para habitar o mundo que é o outro e depois precisa empreender o espinhoso caminho de volta. A escuta que se faz com todos os sentidos é para ela o principal instrumento da reportagem. Esta entrega transformadora também vale para o leitor de O olho da rua, que mergulha no absurdo infinito do real e, voltando à superfície, não é o mesmo de antes.
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