Ebook: Filosofar Da Curiosidade Comum ao Raciocínio Lógico
Author: Timothy Williamson
- Genre: Other Social Sciences // Philosophy
- Tags: Filosofia
- Series: Filosofia Aberta
- Year: 2019
- Publisher: Gradiva
- City: Lisboa
- Language: Portuguese
- pdf
A filosofia não apresenta o tipo de resultados que esperamos das outras ciências, é verdade — mas as as ciências, por vezes, também não apresentam o tipo de resultados que esperamos das ciências. Temos, muitas vezes, a expectativa de que as ciências apresentem resultados definitivos — ao passo que da filosofia esperamos consideravelmente menos, mesmo quando da filosofia esperamos resultados: esperamos conclusões disputáveis, abertas à crítica e à revisão constantes. Curiosamente, nas ciências as coisas não se apresentam muito diferentes: também nas ciências as conclusões são disputáveis, abertas à crítica e à revisão. É verdade que, em aspectos cruciais, os filósofos raramente parecem estar de acordo; mas algo não muito diferente sucede com os cientistas: as teorias mais arrojadas são objecto de disputa, quer na filosofia quer nas ciências.
As ciências recorrem à observação, à quantificação rigorosa e à experimentação, ao passo que a filosofia é o tipo de reflexão que o filósofo faz “de poltrona”, cego e surdo para o “mundo lá fora”, não raro questionando, inclusivamente, a sua existência. Mas isto só é verdadeiro em parte. Muitas vezes, sobretudo mais recentemente, as ciências não recorrem à observação — muito simplesmente porque aquilo que estudam não se deixa observar; e nem sempre a quantificação rigorosa e a experimentação estão disponíveis. Por outro lado, ao menos alguns problemas da filosofia exigem do filósofo que se levante — e espreite o mundo, a natureza humana e, inclusivamente, o que se passa nas outras ciências. É verdade que a observação, a quantificação e a experimentação surgem muito mais ligadas às outras ciências do que à filosofia; mas isso decorre mais do tipo de problemas que procuram resolver do que de uma espécie de fatalidade endémica. A matemática, por exemplo, é uma ciência plenamente amadurecida, e nem a observação nem a experimentação estão incluídas na bagagem metodológica dos matemáticos.
Neste livro, Timothy Williamson procura esclarecer estas e outras ideias acerca da natureza da filosofia — ou, sem dúvida melhor, do filosofar — e da sua relação com as outras ciências. Diferentemente de outras obras introdutórias à filosofia, esta não se centra privilegiadamente na natureza dos problemas filosóficos — no objecto da filosofia —, mas antes na “caixa de ferramentas metodológica” de que o filósofo dispõe para os resolver — no método ou métodos da filosofia. A ideia de que a filosofia tem recorrido a uma pluralidade de métodos, e não a um método único, é compreensível, segundo o autor, se pensarmos na maneira como tem variado, ao longo do tempo, o tipo de problemas que a filosofia procura resolver, ou o ponto de vista que o filósofo adopta sobre eles. Algo semelhante se tem passado, de resto, nas outras ciências.
As ciências recorrem à observação, à quantificação rigorosa e à experimentação, ao passo que a filosofia é o tipo de reflexão que o filósofo faz “de poltrona”, cego e surdo para o “mundo lá fora”, não raro questionando, inclusivamente, a sua existência. Mas isto só é verdadeiro em parte. Muitas vezes, sobretudo mais recentemente, as ciências não recorrem à observação — muito simplesmente porque aquilo que estudam não se deixa observar; e nem sempre a quantificação rigorosa e a experimentação estão disponíveis. Por outro lado, ao menos alguns problemas da filosofia exigem do filósofo que se levante — e espreite o mundo, a natureza humana e, inclusivamente, o que se passa nas outras ciências. É verdade que a observação, a quantificação e a experimentação surgem muito mais ligadas às outras ciências do que à filosofia; mas isso decorre mais do tipo de problemas que procuram resolver do que de uma espécie de fatalidade endémica. A matemática, por exemplo, é uma ciência plenamente amadurecida, e nem a observação nem a experimentação estão incluídas na bagagem metodológica dos matemáticos.
Neste livro, Timothy Williamson procura esclarecer estas e outras ideias acerca da natureza da filosofia — ou, sem dúvida melhor, do filosofar — e da sua relação com as outras ciências. Diferentemente de outras obras introdutórias à filosofia, esta não se centra privilegiadamente na natureza dos problemas filosóficos — no objecto da filosofia —, mas antes na “caixa de ferramentas metodológica” de que o filósofo dispõe para os resolver — no método ou métodos da filosofia. A ideia de que a filosofia tem recorrido a uma pluralidade de métodos, e não a um método único, é compreensível, segundo o autor, se pensarmos na maneira como tem variado, ao longo do tempo, o tipo de problemas que a filosofia procura resolver, ou o ponto de vista que o filósofo adopta sobre eles. Algo semelhante se tem passado, de resto, nas outras ciências.
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