Ebook: Testo Junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica
- Year: 2018
- Publisher: n-1 edições
- City: São Paulo
- Edition: 1
- Language: Portuguese
- pdf
TESTO JUNKIE
Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica
por Bru Pereira e Yuri Bataglia
Pensamos o livro de Paul Preciado como uma máquina-molécula, capaz de contaminar e desestabilizar, injetar interferências nos circuitos sociais que promovem a naturalidade da cisgeneridade compulsória. Em Testo Junkie, Preciado escreve sobre as produções de corpo contemporâneas, misturando teoria política e a história da medicina com sua própria experiência pessoal, com a produção de seu corpo desencadeada pelo uso de testosterona.
Mas os hormônios industriais apropriados subversivamente por pessoas transvestigêneres são parte de processos mais amplos: para o autor, no capitalismo pós-fordista, toda produção de subjetividade e entendimento de si se dá em termos tóxicos e pornográficos; tanto as de resistência e desobediência, que hackeiam as programações sociais, quanto as cisnormativas, que naturalizam a produção social e política de sua identidade de gênero e sexualidade.Preciado nomeia nossa era de "farmacopornográfica", esse novo regime político de gestão e controle dos corpos e das subjetividades que se efetua em duas frentes, através de processos de governo biomolecular (como, por exemplo, discorrendo sobre o uso em larga escala da pílula contraceptiva como regulador político e controle médico de corpos com útero) e semiótico-técnicos (como nas representações veiculadas em massa na pornografia, disseminando padrões de relação e de identidade). Assim, Preciado desnaturaliza o fundamento biologizante de identidades normativas como "mulher", "homem" e "heterossexual", discorrendo sobre os processos tecnológicos e históricos de produção destas categorias, tanto em termos bioquímicos quanto nas representações sociais.
Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica
por Bru Pereira e Yuri Bataglia
Pensamos o livro de Paul Preciado como uma máquina-molécula, capaz de contaminar e desestabilizar, injetar interferências nos circuitos sociais que promovem a naturalidade da cisgeneridade compulsória. Em Testo Junkie, Preciado escreve sobre as produções de corpo contemporâneas, misturando teoria política e a história da medicina com sua própria experiência pessoal, com a produção de seu corpo desencadeada pelo uso de testosterona.
Mas os hormônios industriais apropriados subversivamente por pessoas transvestigêneres são parte de processos mais amplos: para o autor, no capitalismo pós-fordista, toda produção de subjetividade e entendimento de si se dá em termos tóxicos e pornográficos; tanto as de resistência e desobediência, que hackeiam as programações sociais, quanto as cisnormativas, que naturalizam a produção social e política de sua identidade de gênero e sexualidade.Preciado nomeia nossa era de "farmacopornográfica", esse novo regime político de gestão e controle dos corpos e das subjetividades que se efetua em duas frentes, através de processos de governo biomolecular (como, por exemplo, discorrendo sobre o uso em larga escala da pílula contraceptiva como regulador político e controle médico de corpos com útero) e semiótico-técnicos (como nas representações veiculadas em massa na pornografia, disseminando padrões de relação e de identidade). Assim, Preciado desnaturaliza o fundamento biologizante de identidades normativas como "mulher", "homem" e "heterossexual", discorrendo sobre os processos tecnológicos e históricos de produção destas categorias, tanto em termos bioquímicos quanto nas representações sociais.
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