Ebook: Como Estudar Filosofia: Guia Prático para Estudantes
- Year: 2009
- Publisher: Artmed
- City: Porto Alegre
- Edition: 1
- Language: Portuguese
- pdf
O que o aluno ingressante no curso de filosofia pensa sobre a disciplina? O que espera encontrar durante a graduação em filosofia? Tal exame é bastante interessante, pois podemos nos surpreender com as respostas e talvez com nossa própria experiência. Nesse contexto, este livro não é apenas uma introdução produtiva à disciplina, mas uma preparação bastante interessante para o curso de filosofia.
Dividido em seis partes, que tratam desde uma rápida introdução até uma elucidação sobre a leitura de textos filosóficos, o livro é estruturado em tópicos, o que torna a leitura mais dinâmica e ideal para o público-alvo do livro. No primeiro capítulo, nos é dada uma definição de filosofia, como sendo “uma atividade onde aprendemos a identificar e a pensar com cuidado sobre nossas mais simples idéias e teorias”. Tal definição parece rápida demais; entretanto, nos são apresentadas as conseqüências dessa atividade logo na seqüência, como o motivo para estudarmos filosofia e as implicações da atividade. Este primeiro capítulo é recomendado para todos os cursos de introdução à disciplina, devido à sua clareza e objetividade.
No segundo capítulo os autores tratam da leitura dos diversos tipos de textos filosóficos, muito diferentes dos textos em que os estudantes estão habituados no ensino médio. Tal diferença parece óbvia; entretanto, o contato entre os alunos e os textos filosóficos é nas escolas brasileiras realizado em geral diretamente, sem orientações sobre a leitura e sem recurso a bons textos introdutórios. O objetivo desta obra é orientar os alunos sobre a estrutura de uma bibliografia, as fontes primárias e secundárias e demais recursos bibliográficos a serem utilizados no curso. Na continuação do livro, o terceiro capítulo trata da necessidade de anotações durante a leitura dos textos. Um capítulo destinado a essa atividade parece demasiado; entretanto, uma metodologia de anotações e utilização das mesmas é de extrema importância para a atividade filosófica, como mostram os autores.
Os capítulos 4 e 5 são os mais interessantes do livro, tratando respectivamente do valor da discussão na filosofia e da escrita filosófica. No primeiro deles, os autores dão orientações sobre a importância da discussão na atividade filosófica, principalmente em seminários e grupos de estudo. Em tais momentos, as idéias são refinadas e os erros de raciocínio e preconceitos são eliminados. A discussão mostra-se necessária para a prática filosófica, uma vez que é impossível tratar de idéias e conceitos sem discuti-los.
No quinto capítulo, intitulado “Escrevendo Filosofia”, os autores tratam das práticas de escrita acadêmica na filosofia, principalmente do desenvolvimento dos mais variados tipos de ensaios filosóficos, onde os alunos poderão aprender a expor suas idéias de forma organizada. Uma orientação mais direta é realizada na seção “Como Evitar o Plágio”, onde os autores apontam as diferenças entre citar e copiar trechos de textos de outros filósofos, além de distinguir os modos de construir argumentos em suas colocações. No último capítulo, além de um pequeno glossário de termos filosóficos, é oferecida uma extensa lista de recursos para a pesquisa filosófica, como livros, enciclopédias e antologias sobre diversas áreas da filosofia, e um guia sobre sites confiáveis, muito útil em tempos de internet (tudo em inglês).
A tradução de Vinícius Figueira, com acompanhamento do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Valério Rhoden, é boa; porém, como o livro foi escrito para estudantes ingleses, falta uma contextualização em alguns pontos, como no capítulo sobre recursos disponíveis para a pesquisa filosófica. Independente desse pequeno deslize, a tradução é muito bem-vinda no Brasil, uma vez que é raro uma obra de introdução para estudantes que ingressam no curso de filosofia, muitas vezes sem saber com que irão lidar. O livro não é útil apenas para estudantes prestes a ingressar nos cursos de filosofia. Também pode ser interessante para alunos que cursam e para os professores, principalmente no Brasil, onde a maioria das instituições e profissionais da filosofia ainda está ligada à prática de comentários e interpretações de filósofos do passado. Sobre esse ponto, os autores deixam claro que é importante estudar e compreender história da filosofia, porém, isso não é suficiente. Para fazer boa filosofia é necessário, além de entender as suas teorias, buscar dialogar e analisar as teorias filosóficas para testar sua plausibilidade.
No “Anúncio do Programa do Semestre de Inverno de 1765-1766”, Immanuel Kant defende que “o jovem que completou a sua instrução escolar habituou-se a aprender. Agora pensa que vai aprender filosofia. Mas isso é impossível, pois agora deve aprender a filosofar”. O objetivo deste livro é justamente esse: preparar os alunos para o propósito de aprender a filosofar.
Dividido em seis partes, que tratam desde uma rápida introdução até uma elucidação sobre a leitura de textos filosóficos, o livro é estruturado em tópicos, o que torna a leitura mais dinâmica e ideal para o público-alvo do livro. No primeiro capítulo, nos é dada uma definição de filosofia, como sendo “uma atividade onde aprendemos a identificar e a pensar com cuidado sobre nossas mais simples idéias e teorias”. Tal definição parece rápida demais; entretanto, nos são apresentadas as conseqüências dessa atividade logo na seqüência, como o motivo para estudarmos filosofia e as implicações da atividade. Este primeiro capítulo é recomendado para todos os cursos de introdução à disciplina, devido à sua clareza e objetividade.
No segundo capítulo os autores tratam da leitura dos diversos tipos de textos filosóficos, muito diferentes dos textos em que os estudantes estão habituados no ensino médio. Tal diferença parece óbvia; entretanto, o contato entre os alunos e os textos filosóficos é nas escolas brasileiras realizado em geral diretamente, sem orientações sobre a leitura e sem recurso a bons textos introdutórios. O objetivo desta obra é orientar os alunos sobre a estrutura de uma bibliografia, as fontes primárias e secundárias e demais recursos bibliográficos a serem utilizados no curso. Na continuação do livro, o terceiro capítulo trata da necessidade de anotações durante a leitura dos textos. Um capítulo destinado a essa atividade parece demasiado; entretanto, uma metodologia de anotações e utilização das mesmas é de extrema importância para a atividade filosófica, como mostram os autores.
Os capítulos 4 e 5 são os mais interessantes do livro, tratando respectivamente do valor da discussão na filosofia e da escrita filosófica. No primeiro deles, os autores dão orientações sobre a importância da discussão na atividade filosófica, principalmente em seminários e grupos de estudo. Em tais momentos, as idéias são refinadas e os erros de raciocínio e preconceitos são eliminados. A discussão mostra-se necessária para a prática filosófica, uma vez que é impossível tratar de idéias e conceitos sem discuti-los.
No quinto capítulo, intitulado “Escrevendo Filosofia”, os autores tratam das práticas de escrita acadêmica na filosofia, principalmente do desenvolvimento dos mais variados tipos de ensaios filosóficos, onde os alunos poderão aprender a expor suas idéias de forma organizada. Uma orientação mais direta é realizada na seção “Como Evitar o Plágio”, onde os autores apontam as diferenças entre citar e copiar trechos de textos de outros filósofos, além de distinguir os modos de construir argumentos em suas colocações. No último capítulo, além de um pequeno glossário de termos filosóficos, é oferecida uma extensa lista de recursos para a pesquisa filosófica, como livros, enciclopédias e antologias sobre diversas áreas da filosofia, e um guia sobre sites confiáveis, muito útil em tempos de internet (tudo em inglês).
A tradução de Vinícius Figueira, com acompanhamento do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Valério Rhoden, é boa; porém, como o livro foi escrito para estudantes ingleses, falta uma contextualização em alguns pontos, como no capítulo sobre recursos disponíveis para a pesquisa filosófica. Independente desse pequeno deslize, a tradução é muito bem-vinda no Brasil, uma vez que é raro uma obra de introdução para estudantes que ingressam no curso de filosofia, muitas vezes sem saber com que irão lidar. O livro não é útil apenas para estudantes prestes a ingressar nos cursos de filosofia. Também pode ser interessante para alunos que cursam e para os professores, principalmente no Brasil, onde a maioria das instituições e profissionais da filosofia ainda está ligada à prática de comentários e interpretações de filósofos do passado. Sobre esse ponto, os autores deixam claro que é importante estudar e compreender história da filosofia, porém, isso não é suficiente. Para fazer boa filosofia é necessário, além de entender as suas teorias, buscar dialogar e analisar as teorias filosóficas para testar sua plausibilidade.
No “Anúncio do Programa do Semestre de Inverno de 1765-1766”, Immanuel Kant defende que “o jovem que completou a sua instrução escolar habituou-se a aprender. Agora pensa que vai aprender filosofia. Mas isso é impossível, pois agora deve aprender a filosofar”. O objetivo deste livro é justamente esse: preparar os alunos para o propósito de aprender a filosofar.
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