Ebook: Peregrina e estrangeira
- Genre: Literature
- Year: 1990
- Publisher: Editora Nova Fronteira
- City: Rio de Janeiro
- Language: Portuguese
- epub
Para uma obra póstuma de Marguerite Yourcenar, foram reunidos importantes ensaios e fragmentos inéditos da grande dama da literatura francesa. Marcardos por sua sólida cultura, pelo preciosismo do estilo e por uma sagacidade que lhe permite resgatar sutilezas nunca percebidas na obra de muitos escritores, pintores, compositores, e outros artistas famosos, os ensaios focalizam desde a Grécia mitológica até personalidades como Virgínia Woolf, Jorge Luís Borges, Oscar Wilde, Mozart, Rembrandt Poussin, Goethe e Henry James.
Também do maior interesse são os fragmentos de seu caderno de notas escritos entre 1942 e 1948, que mostram suas reflexões sobre o pós-guerra, uma época de destruição e reconstrução histórica. Entre os fragmentos, um que resume seu percurso pela vida e sua curiosidade intelectual: "Aconteça o que acontecer, eu aprendo. Ganho a cada passo."
São ensaios escritos entre os anos 30 e os últimos dias de 1987. Marcados por uma curiosidade intelectual sempre rara e por vezes paradoxal, os ensaios são viagens no tempo e no espaço. A própria autora, grande conhecedora das culturas clássicas, explica: "Como todas as imaginações nutridas e modeladas pela história, ocorreu-me frequentemente tentar me situar em outros séculos, franquear mais ou menos a barreira do tempo. O estudo das literaturas antigas, as filosofias e a arqueologia são os passaportes dessas viagens".
Marguerite Yourcenar aborda desde a Grécia mitológica até obras recentes, como Virgínia Woolf, Jorge Luis Borges, Enrique Larreta, Oscar Wilde, Mozart, Rembrandt, Poussin, Anne Lindbergh, Goethe e Henry James. Discorre sobre a inocência na obra desse último, resgata o "olhar interior" dos livros de Borges e outras sutilezas que acrescentam uma nova dimensão às obras dos artistas retratados.
Também do maior interesse é a reunião de fragmentos de seu caderno de notas escritos entre 1942 e 1948, que mostram suas reflexões numa época de destruição e reconstrução histórica e apresentam alguns pequenos trechos intimistas que sublinham traços autobiográficos, também encontrados sob o título geral de "Grécia e Sicília", parte do livro sobre suas viagens de juventude, quando era apenas a senhorita de Crayencour. Em linguagem concisa e lírica, mostram vários momentos de reflexão sobre a morte: "1943. Todos os fogos extintos: os dos paquetes, os das ruas, os das cabeceiras de doentes e os dos círios das igrejas. E as raras chamas que ainda tremem de medo no horizonte. Nessa completa escuridão na qual nosso objetivo é morrer o menos possível, nossa tarefa será reencontrar tateando, humildemente, a forma eterna das coisas".
PEREGRINA E ESTRANGEIRA contém ensaios inéditos, como "Karagheuz e o Teatro de Sombras da Grécia", "Forças do Passado e Forças do Futuro", "Uma Exposição Poussin em Nova York" e "Borges ou o Vidente". Outros, como "Sequência de Estampas para KouKou-Hai", "Mozart em Salzburgo" e "Ravena ou o Pecado Mortal" apareceram em plaquetas ou revistas de circulação tão restrita que também podemos considerá-los inéditos.
Marguerite Yourcenar nasceu em Bruxelas no dia 8 de junho de 1903 e morreu em dezembro de 1987. Seu pai, que era francês, não quis que seguisse cursos regulares, mas assegurou-lhe excelentes professores particulares e fez com que a filha, desde pequena, tomasse intimidade com o estudo de línguas antigas e literatura. Dona de sólida cultura adquirida em leituras e viagens, Marguerite Yourcenar era uma autora exigente que reescrevia suas obras várias vezes e considerava que o escritor tem o dever de esgotar seus temas e apurar o estilo permanentemente. Apesar de belga, o valor e a extensão de sua obra e o fato de ser considerada uma das grandes estilistas da língua francesa justificam a honra de ter sido a primeira mulher a ingressar na Academia Francesa, em 1980.
Também do maior interesse são os fragmentos de seu caderno de notas escritos entre 1942 e 1948, que mostram suas reflexões sobre o pós-guerra, uma época de destruição e reconstrução histórica. Entre os fragmentos, um que resume seu percurso pela vida e sua curiosidade intelectual: "Aconteça o que acontecer, eu aprendo. Ganho a cada passo."
São ensaios escritos entre os anos 30 e os últimos dias de 1987. Marcados por uma curiosidade intelectual sempre rara e por vezes paradoxal, os ensaios são viagens no tempo e no espaço. A própria autora, grande conhecedora das culturas clássicas, explica: "Como todas as imaginações nutridas e modeladas pela história, ocorreu-me frequentemente tentar me situar em outros séculos, franquear mais ou menos a barreira do tempo. O estudo das literaturas antigas, as filosofias e a arqueologia são os passaportes dessas viagens".
Marguerite Yourcenar aborda desde a Grécia mitológica até obras recentes, como Virgínia Woolf, Jorge Luis Borges, Enrique Larreta, Oscar Wilde, Mozart, Rembrandt, Poussin, Anne Lindbergh, Goethe e Henry James. Discorre sobre a inocência na obra desse último, resgata o "olhar interior" dos livros de Borges e outras sutilezas que acrescentam uma nova dimensão às obras dos artistas retratados.
Também do maior interesse é a reunião de fragmentos de seu caderno de notas escritos entre 1942 e 1948, que mostram suas reflexões numa época de destruição e reconstrução histórica e apresentam alguns pequenos trechos intimistas que sublinham traços autobiográficos, também encontrados sob o título geral de "Grécia e Sicília", parte do livro sobre suas viagens de juventude, quando era apenas a senhorita de Crayencour. Em linguagem concisa e lírica, mostram vários momentos de reflexão sobre a morte: "1943. Todos os fogos extintos: os dos paquetes, os das ruas, os das cabeceiras de doentes e os dos círios das igrejas. E as raras chamas que ainda tremem de medo no horizonte. Nessa completa escuridão na qual nosso objetivo é morrer o menos possível, nossa tarefa será reencontrar tateando, humildemente, a forma eterna das coisas".
PEREGRINA E ESTRANGEIRA contém ensaios inéditos, como "Karagheuz e o Teatro de Sombras da Grécia", "Forças do Passado e Forças do Futuro", "Uma Exposição Poussin em Nova York" e "Borges ou o Vidente". Outros, como "Sequência de Estampas para KouKou-Hai", "Mozart em Salzburgo" e "Ravena ou o Pecado Mortal" apareceram em plaquetas ou revistas de circulação tão restrita que também podemos considerá-los inéditos.
Marguerite Yourcenar nasceu em Bruxelas no dia 8 de junho de 1903 e morreu em dezembro de 1987. Seu pai, que era francês, não quis que seguisse cursos regulares, mas assegurou-lhe excelentes professores particulares e fez com que a filha, desde pequena, tomasse intimidade com o estudo de línguas antigas e literatura. Dona de sólida cultura adquirida em leituras e viagens, Marguerite Yourcenar era uma autora exigente que reescrevia suas obras várias vezes e considerava que o escritor tem o dever de esgotar seus temas e apurar o estilo permanentemente. Apesar de belga, o valor e a extensão de sua obra e o fato de ser considerada uma das grandes estilistas da língua francesa justificam a honra de ter sido a primeira mulher a ingressar na Academia Francesa, em 1980.
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